Leilão na Sotheby’s vende fóssil de dinossauro por US$ 30,5 milhões, tornando-se o terceiro mais caro da história
Por sandro
Publicado em 20/07/25 às 06:42
Um esqueleto quase completo de Ceratosaurus, um dinossauro carnívoro que viveu há cerca de 150 milhões de anos na América do Norte, foi vendido por impressionantes US$ 30,5 milhões (aproximadamente R$ 170 milhões) em um leilão realizado pela casa Sotheby’s na última quarta-feira (16). A venda superou amplamente as estimativas iniciais, que giravam entre US$ 4 milhões e US$ 6 milhões.
Com aproximadamente 1,90 metro de altura e 3,20 metros de comprimento, o fóssil contém 139 ossos originais, incluindo um crânio praticamente completo e uma série de outros elementos anatômicos bem preservados. Segundo a descrição da Sotheby’s, o exemplar apresenta características anatômicas notáveis: “Cada osso do crânio está extraordinariamente completo, incluindo os maxilares inferiores com dentição superior e inferior. Além dos impressionantes 43 dentes fixos, há cinco dentes com raízes soltas. Os nasais córneos diagnósticos são distintos e bem preservados, e os chifres em forma de crista orbital também estão intactos e discerníveis.”
O Ceratosaurus viveu durante o Jurássico Superior, cerca de 90 milhões de anos antes do evento de extinção em massa que marcou o fim dos dinossauros não aviários, no final do período Cretáceo. A excelente preservação do fóssil e sua raridade no mercado explicam a valorização inesperada no leilão.
Com o valor alcançado, o Ceratosaurus tornou-se o terceiro fóssil de dinossauro mais caro já vendido na história. O recorde continua com o estegossauro “Apex”, leiloado em maio de 2024, também pela Sotheby’s, por US$ 44,6 milhões (R$ 247 milhões). Já a segunda colocação pertence a um Tyrannosaurus rex vendido pela Christie’s em outubro de 2020, por US$ 31,8 milhões (cerca de R$ 176 milhões).
A venda reforça o crescente interesse de colecionadores e instituições pelo mercado de fósseis, que tem movimentado cifras milionárias em leilões internacionais, ao mesmo tempo que levanta debates sobre a destinação científica ou privada de peças tão raras da pré-história.