Pesquisadores descobrem na Mongólia um novo ancestral do Tiranossauro rex
Por sandro
Publicado em 11/06/25 às 17:23
Uma nova espécie de dinossauro foi descoberta na Mongólia e está sendo considerada um elo perdido na evolução dos tiranossauros. Batizado de Khankhuuluu mongoliensis — que significa “príncipe dragão” em mongol —, o animal representa o parente mais próximo já identificado dos tiranossauros e está levando cientistas a reescrever a história evolutiva desse icônico grupo de dinossauros.

Os fósseis da espécie foram encontrados em depósitos rochosos do Cretáceo Superior. De porte relativamente pequeno, principalmente se comparado aos seus descendentes gigantes, o Khankhuuluu media cerca de 4 metros de comprimento e 2 metros de altura no quadril, com peso aproximado de 750 quilos. Sua descoberta marca uma transição crucial: a migração de tiranossauroídeos menores da Ásia para a América do Norte, evento que originaria os tiranossauros gigantes por volta de 85 milhões de anos atrás.
De acordo com a pesquisadora Darla Zelenitsky, coautora do estudo e professora associada da Universidade de Calgary, o Khankhuuluu preenche uma lacuna importante entre espécies menores, de aproximadamente 200 quilos, e os tiranossauros gigantescos que pesavam mais de 1.000 quilos.
Essa descoberta nos forçou a olhar para a árvore genealógica dos tiranossauros sob uma nova perspectiva, afirmou Zelenitsky.
A descoberta também lança nova luz sobre os chamados “Pinocchio rexes”, ou alioramins, apelidados assim por seu focinho longo e fino. Anteriormente considerados formas primitivas, esses tiranossauros menores são agora vistos como altamente evoluídos e parentes próximos dos gigantes como o Tarbossauro e Tiranossauro rex. Segundo Zelenitsky, a situação é comparável à dos hipopótamos pigmeus atuais, cuja linhagem está mais próxima dos hipopótamos de grande porte do que se pensava.
Além de representar uma nova espécie, o Khankhuuluu redefiniu as relações de parentesco entre os tiranossauros, mostrando que o tamanho não era necessariamente indicativo de avanço evolutivo. A equipe responsável publicou os resultados na revista Nature, revelando que o estudo, que começou com a análise de um novo fóssil, acabou transformando profundamente a compreensão da árvore genealógica dos tiranossauros.
