Cientistas descobrem novos detalhes sobre o asteroide que matou os dinossauros
Por sandro
Publicado em 16/08/24 às 16:11
Um impacto massivo é a teoria mais amplamente aceita para explicar a extinção dos dinossauros não aviários há 66 milhões de anos. Embora outras hipóteses tenham surgido ao longo do tempo, cientistas continuam descobrindo mais evidências que reforçam essa explicação. Descobertas recentes levaram pesquisadores a especular sobre a composição e a origem do corpo celeste responsável pelo impacto.
Medições de isótopos de rutênio em sedimentos da época da extinção sugerem que a Terra foi atingida por um asteroide composto majoritariamente por carbono. Além disso, é provável que o asteroide tenha se formado além da órbita de Júpiter, nas regiões externas do sistema solar.
Essas descobertas provavelmente refutam uma teoria alternativa que surgiu há três anos, que especulava que um fragmento de cometa, composto principalmente de gelo, foi o responsável pelo impacto. Esse estudo sugeria que a gravidade de Júpiter teria puxado um cometa da nuvem de Oort – uma região escassamente povoada de pequenos objetos na extremidade do sistema solar – que foi então despedaçado pelo sol, com um dos fragmentos sendo arremessado em direção à Terra.
O novo estudo reafirma a teoria do asteroide, mas os pesquisadores foram além. Eles também analisaram material de outros impactos que ocorreram em diferentes momentos da história geológica da Terra, alguns dos primeiros bilhões de anos de existência do planeta.
As análises dos asteroides mais antigos, que caíram quando a Terra ainda estava se formando, indicam uma composição e origem semelhantes à do asteroide que exterminou os dinossauros. No entanto, os asteroides mais jovens são silicáceos e provavelmente se formaram nas regiões internas do sistema solar, mais próximas da Terra e do Sol.
Os cientistas Walter e Luis Alvarez propuseram a teoria do impacto no início da década de 1980, eventualmente ligando-a a uma cratera de 180 quilômetros de diâmetro perto de Chicxulub, na península de Yucatán, no sul do México. Camadas de solo de diversas partes do mundo, exibindo a presença repentina de elementos exóticos, também indicam o registro de um evento catastrófico que marca a fronteira entre as eras Cretácea e Paleogênica.
Os pesquisadores acreditam que o asteroide tinha cerca de 10 quilômetros de diâmetro e desencadeou tempestades de poeira global que bloquearam o sol por meses ou anos, exterminando plantas verdes ao redor do mundo. O impacto causou a extinção de mais de 70% das formas de vida na Terra, incluindo todos os dinossauros, exceto aqueles que evoluíram para as aves modernas.

