Cientistas descobrem fóssil de predador gigante que habitava a região da Namíbia à 280 milhões de anos
Por sandro
Publicado em 04/07/24 às 16:27
Recentemente, uma descoberta extraordinária revelou um novo predador pré-histórico que reinava nos pântanos do período Permiano, muito antes dos dinossauros dominarem a Terra. Gaiasia jennyae, uma criatura gigante semelhante a uma salamandra, foi encontrada nos desertos da Namíbia, em uma região que, há 280 milhões de anos, era um pântano úmido e frio próximo à Antártica.
Com cerca de 2,5 metros de comprimento e uma cabeça achatada em forma de tampa de privada, Gaiasia possuía grandes presas que indicam sua capacidade de capturar presas consideráveis. Jason Pardo, coautor do estudo, descreveu que esse predador provavelmente ficava no fundo de pântanos e lagos, emboscando suas presas com ataques rápidos e poderosos.

A descoberta de quatro espécimes parciais dessa criatura ajuda a preencher lacunas no registro fóssil e fornece novas informações sobre a evolução dos tetrápodes basais, os primeiros organismos a desenvolver a estrutura corporal de quatro membros e uma cabeça conectada a um tronco central. Gaiasia representa um membro tardio e surpreendentemente arcaico desse grupo, que se pensava estar extinto milhões de anos antes de seu aparecimento.
Este predador dominava seu ambiente, destacando-se em um ecossistema em transformação. Durante o período Permiano, enquanto regiões ao norte se tornavam florestadas, a área onde Gaiasia habitava permanecia um pântano úmido, proporcionando um habitat ideal para essa criatura. A descoberta sugere que, mesmo em um ambiente mutável, Gaiasia continuava sendo o predador dominante.

A publicação do estudo na revista Nature destaca a importância desta descoberta para a compreensão da evolução dos ecossistemas pré-históricos e das adaptações dos tetrápodes. “É um achado incrível que nos dá uma visão mais clara de como esses antigos predadores viviam e evoluíam,” conclui Pardo.
Para mais detalhes sobre a pesquisa, consulte a publicação completa na ScienceDaily.
