Pesquisadores descobrem novo ancestral dos crocodilos modernos
Por sandro
Publicado em 24/03/24 às 06:44
Uma equipe de paleontólogos da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, revelou uma descoberta emocionante que lança nova luz sobre a vida dos antigos répteis que viveram durante o período Triássico. Trata-se de uma nova espécie de aetossauro, um grupo de répteis ancestrais dos crocodilos modernos, batizada de Garzapelta muelleri. Esta espécie recebeu seu nome em homenagem ao Condado de Garza, Texas, onde foi encontrada, e ao paleontólogo Bill Mueller, que liderou a equipe responsável pela descoberta.
O fóssil de G. muelleri é particularmente notável devido à sua impressionante preservação. A carapaça do animal, composta por osteodermas e espinhos curvos, foi preservada em cerca de 70% do esqueleto, proporcionando aos cientistas uma oportunidade única de estudar sua anatomia. Essas características, típicas dos aetossauros, serviam como uma eficaz proteção contra predadores, conferindo-lhes o apelido de “blindados” do Triássico.

A descoberta de G. muelleri também levanta questões intrigantes sobre a evolução dos aetossauros. A semelhança entre esta nova espécie e outras espécies de aetossauros sugere uma convergência evolutiva, onde diferentes linhagens evolutivas desenvolvem características semelhantes em resposta a pressões ambientais semelhantes. Isso destaca a complexidade da história evolutiva desses répteis e ressalta a importância de abordagens integrativas para compreender sua filogenia.

A descoberta de G. muelleri fornece insights sobre o comportamento e a ecologia dos aetossauros. A presença de uma carapaça fortificada sugere que esses animais enfrentavam uma pressão significativa de predadores e desenvolveram adaptações defensivas para sobreviverem. Estudos anteriores indicam que os aetossauros eram principalmente onívoros, alimentando-se de uma variedade de plantas e pequenos animais, o que contrasta com os crocodilos modernos, conhecidos por sua dieta predominantemente carnívora.
