Fóssil do parente mais próximo do Tiranossauro rex é descoberto no México

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Publicado em 14/01/24 às 06:52

Os dinossauros tiranossaurídeos, com seu imponente porte e aura de predadores supremos, há muito dominam a imaginação popular. Entre eles, o lendário Tyrannosaurus rex permanece um ícone incontestável. No entanto, recentes descobertas paleontológicas lançaram luz sobre a diversidade dessa família de dinossauros e trouxeram à tona uma nova espécie fascinante: o Tyrannosaurus mcraeensis.

A pesquisa, liderada pelo Dr. Sebastian Dalman e sua equipe do Museu de História Natural e Ciência do Novo México, revelou que o Tyrannosaurus mcraeensis, uma espécie irmã do famoso T. rex, habita as páginas da história entre 71 e 73 milhões de anos atrás. Este predador, que precedeu o T. rex por aproximadamente 5 a 7 milhões de anos, adiciona uma camada intrigante à evolução dos tiranossaurídeos.

O fóssil parcial de um crânio, inicialmente classificado como pertencente ao T. rex devido ao seu tamanho comparável, foi descoberto na Formação Hall Lake, no Novo México. No entanto, uma análise minuciosa revelou diferenças sutis na forma e nas junções dos ossos do crânio, levando os paleontólogos a classificá-lo como uma nova espécie.

Restos fósseis do Tyrannosaurus mcraeensisElementos cranianos do Tyrannosaurus mcraeensis – Imagem: Reprodução

Restos fósseis da mandíbula do Tyrannosaurus mcraeensisElementos mandibulares do Tyrannosaurus mcraeensis – Imagem: Reprodução

Tyrannosaurus mcraeensisReprodução artística do Tyrannosaurus mcraeensis — Foto: Sergei Krasinski

A questão da origem dos tiranossaurídeos é um quebra-cabeça há muito tempo debatido. Hipóteses anteriores apontavam para a Ásia ou o oeste da América do Norte (Laramidia) como seus possíveis berços. A descoberta do Tyrannosaurus mcraeensis fortalece a teoria de que esses predadores formidáveis podem ter se originado em Laramidia, um continente insular que existiu entre 100 e 66 milhões de anos atrás, se estendendo do Alasca ao México.

A análise das relações entre o Tyrannosaurus mcraeensis e outros dinossauros terópodes sugere que esta nova espécie pode ser considerada uma espécie irmã do T. rex, tornando-se o parente mais próximo conhecido deste gigante do final do Cretáceo. Isso desencadeia uma série de questionamentos sobre a evolução e a dinâmica dessa família de dinossauros.

A proposta intrigante dos pesquisadores é que os tiranossauros, incluindo o recém-descoberto Tyrannosaurus mcraeensis, podem ter evoluído para um tamanho corporal gigante aproximadamente 72 milhões de anos atrás. Esse período coincide com a presença de outros dinossauros gigantes no sul de Laramidia, como ceratopsianos, hadrossauros e titanossauros. Os cientistas especulam que a evolução para um tamanho tão colossal pode ter sido impulsionada pela necessidade de caçar herbívoros de grande porte presentes na região.

TitanossaurosGrandes titanossauros percorriam as planícies de Laramidia

Essa descoberta não apenas preenche lacunas na árvore genealógica dos tiranossaurídeos, mas também oferece uma visão única da ecologia e evolução dos dinossauros no sul de Laramidia durante o Cretáceo Superior. A coexistência de tiranossauros gigantes com outros dinossauros de grande porte sugere uma complexa rede de interações ecológicas em uma região até então pouco explorada.

Publicado na revista Scientific Reports, este estudo representa um marco significativo na paleontologia, adicionando uma nova página à história evolutiva dos tiranossaurídeos. O Tyrannosaurus mcraeensis, com sua presença imponente e papel fundamental na evolução dos tiranossaurídeos, destaca a importância contínua da exploração e descoberta em nosso entendimento em constante evolução dos mundos antigos que uma vez dominaram a Terra.

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