Dinossauros podem estar vivos em outros planetas, sugere estudo inédito
Por sandro
Publicado em 20/11/23 às 08:48
Um estudo recentemente publicado no Monthly Notices do Royal Astronomical Society Journal levanta a intrigante possibilidade de que dinossauros, ou criaturas semelhantes, possam existir em planetas distantes. A pesquisa, liderada por Lisa Kaltenegger, desafia nossa compreensão tradicional dos planetas habitáveis, sugerindo que as condições propícias à vida complexa podem existir além dos limites do nosso sistema solar.
Kaltenegger destaca que nossa visão atual dos planetas habitáveis foi moldada pela distintiva assinatura de luz da Terra, mas houve períodos em que essa assinatura era ainda mais pronunciada, facilitando a detecção de sinais de vida. A boa notícia é que a tecnologia humana atual é capaz de detectar essas possíveis formas de vida em outros planetas.
Segundo o estudo, os pesquisadores terrestres podem identificar vestígios de um “Mundo Jurássico” extraterrestre ao procurar compostos que não existem mais na Terra, mas que eram prevalentes durante a era dos dinossauros. A chave para essa busca pode residir no aumento dos níveis de oxigênio, um indicador valioso da existência de vida complexa em outros planetas.
Durante a era dos dinossauros, a Terra abrigava níveis de oxigênio significativamente mais altos, cerca de 30%, em comparação com os atuais 21%. A pesquisa sugere que a detecção desses níveis mais elevados de oxigênio em planetas distantes poderia indicar a presença de vida complexa, potencialmente semelhante à dos dinossauros.
Os cientistas propõem a utilização de telescópios avançados na Terra para buscar vida semelhante a dinossauros em outros planetas. Um indicador promissor nessa busca seria a identificação de planetas na fase Fanerozóica, uma época que permitiria a existência de formas de vida grandes e complexas. Rebecca Payne, cientista da Universidade Cornell, destaca que o Fanerozóico, representando os 12% mais recentes da história da Terra, abrange um período em que a vida era mais complexa do que micróbios e esponjas.
Além disso, a busca por planetas com níveis mais elevados de oxigênio emerge como outro método viável. Katlenegger sugere que planetas com altos níveis de oxigênio não apenas poderiam revelar formas de vida fascinantes, mas também facilitariam o processo de detecção.
Em última análise, esse estudo desafia nossa perspectiva convencional sobre a habitabilidade de outros planetas e nos instiga a considerar a possibilidade empolgante de vida extraterrestre, possivelmente reminiscente dos magníficos dinossauros que um dia vagaram pela Terra.