Fóssil encontrado na China mostra batalha feroz entre dinossauro e mamífero

Cientistas canadenses e chineses fizeram uma descoberta notável no campo da paleontologia ao descreverem um fóssil extremamente raro e fascinante, datado de aproximadamente 125 milhões de anos atrás. Esse fóssil único revela um momento dramático na história da Terra: a luta épica de um mamífero primitivo contra um dinossauro.

O mamífero está segurando a mandíbula inferior do dinossauro, e está meio que segurando o dinossauro e mordendo suas costelas, explica Jordan Mallon, paleobiólogo do Museu Canadense da Natureza e coautor do estudo publicado na revista Scientific Reports.

De acordo com as analises, o protagonista desse evento é um Repenomamus robustus, representante dos primeiros mamíferos que naquela era remota já estavam presentes no planeta, mas ainda em um estágio inicial de evolução e diversificação.

Enfrentando o mamífero temos um Psitacossauro, um dinossauro pertencente a uma espécie que dominava a paisagem naquele período, conhecido como Cretáceo Inferior. Esses répteis colossais exerciam domínio sobre a Terra e representavam uma grande variedade de formas e tamanhos.

Reconstrução artística de um Psitacossauro sendo atacado por Repenomamus / Imagem: Michael W. Skrepnick

Segundo os pesquisadores, o encontro entre essas duas espécies pode ter ocorrido devido a uma competição feroz por recursos limitados, como território e alimento, ou até mesmo um ataque predatório do mamífero ao dinossauro herbívoro.

Como naquela época a região nordeste da China era uma área de atividade vulcânica significativa, um evento de erupção repentina pode ter soterrado o dinossauro e o mamífero instantaneamente sobre cinzas e lama, preservando o exato momento em que as duas espécies estão lutando.

As erupções vulcânicas são eventos catastróficos que podem ocorrer de forma abrupta e imprevisível, liberando grandes quantidades de lava, cinzas e gases na atmosfera. Se um evento de erupção ocorreu durante o confronto entre o mamífero e o dinossauro, as duas espécies podem ter sido subitamente soterradas sob uma espessa camada de cinzas e lama, preservando assim o momento exato da luta.

Esse tipo de sepultamento rápido e abafado é crucial para a formação de fósseis, pois protege os restos dos animais de decomposição e da ação de predadores ou do ambiente circundante. À medida que as camadas de cinzas se acumulam ao longo do tempo, elas solidificam e se transformam em rochas, preservando os restos mortais dos animais em um estado fossilizado.