Presa de mamute é encontrada no fundo do Oceano Pacífico

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Publicado em 25/11/21 às 17:01

Um grupo de biólogos marinhos encontraram algo que não esperavam nas profundezas do mar: uma presa de mamute. O biólogo marinho Steven Haddock e o piloto de ROV Randy Prickett, membros da Monterey Bay Aquarium Research Institute (MBARI), observaram pela primeira vez a presa do animal extinto em 2019, quando estavam a bordo do veículo de exploração. Inicialmente pensaram se tratar de uma presa de elefante, mas logo perceberam que era algo muito mais antigo.

Ao retornarem ao local em julho de 2021, já que na época do achado só conseguiram extrair um pequeno pedaço da presa, os pesquisadores conseguiram coletar dessa vez toda a presa para estudo, que possui pouco mais de um metro de comprimento.

De acordo com os resultados, a presa corresponde a uma das maiores espécies de mamute que já caminharam sobre a Terra, o Mammuthus columbi, conhecido também como Mamute Columbiano ou mamute-de-colúmbia. O espécime viveu a cerca de 11 mil anos atrás e segundo os pesquisadores, provavelmente o animal morreu em terra e seu restos mortais acabaram sendo arrastado para o oceano por fortes chuvas ou até mesmo terremotos.

Nas profundezas do mar, encontramos muitos animais incríveis que as pessoas não acreditariam que existissem na Terra, mas encontrar essa presa de mamute, tão profunda e tão longe da costa, foi de longe a coisa mais improvável que eu já experimentei, disse Steven Haddock.

Quando percebemos que era na verdade um mamute, minha cabeça começou a girar enquanto eu o imaginava pousando no topo deste remoto monte submarino. Ainda acho difícil acreditar como ele esteve lá por milênios sem ser destruído ou enterrado antes de ser encontrado. No entanto, a presa está muito bem preservada, em parte graças ao ambiente frio e à alta pressão do oceano nessas profundidades. É um remanescente conservado muito diferente de quase tudo que vimos até hoje, explica Daniel Fisher, paleontólogo da Universidade de Michigan que participou da descoberta.

Imagem: Annie Roth

Após a descoberta, vários cientistas de diferentes países, incluindo paleontólogos, geneticistas, oceanógrafos e geocronólogos, planejam estudar a presa até os mínimos detalhes a fim de extrair o máximo possível de informação. Devido o excelente grau de conservação da presa, todos os envolvidos estão empolgados com os resultados que estão por vir, até a possibilidade de poder extrair DNA e até mesmo tentar trazer o animal de volta a vida através da clonagem.

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