Conheça a “besta louca”, o estranho mamífero que convivia lado a lado com os dinossauros

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, algumas espécies de mamíferos conseguiram conviver lado a lado com os dinossauros sem muitos problemas. Esse é o caso do Adalatherium, conhecido popularmente como “besta louca”.

Descoberto em 1990 por pesquisadores em Madagáscar, o espécime – do tamanho de um gato doméstico – tinha uma vida bem ativa ao lado dos gigantes que o cercava. Segundo os pesquisadores, o animal possuía uma série de características “bizarras” que contribuíram para o seu domínio sobre seus parentes menores, que na época dos dinossauros, eram predominantemente do tamanho de camundongos e viviam sempre nas sombras.

Algumas dessas características incluem membros posteriores musculosos, pernas dianteiras fortes e rápidas, dentes da frente como os de um coelho, além de mais vértebras no tronco do que a maioria dos outros mamíferos.

O animal era completamente diferente do que qualquer outro mamífero da época. Suas patas traseiras possuíam grandes garras como as de um texugo, o que indica que ele era um excelente escavador. Seus membros dianteiros eram pequenos, mas tão forte como os traseiros, permitindo que ele corresse a altas velocidades sem muitos problemas. Alimentava-se de plantas e vivia em grupos como a maioria dos mamíferos hoje em dia.

O detalhe mais interessante do animal é a composição de sua face, que tinha mais orifícios (foraminas) do que qualquer outro mamífero conhecido. Esses orifícios serviam de passagem para nervos e vasos sanguíneos, o que permitia a ele ter um olfato extremamente sensível.

Fóssil do Adalatherium / Reprodução

Segundo dados atualizados, o animal pertenceu a um grupo extinto de mamíferos conhecido como Gondwanaterianos, descobertos pela primeira vez na década de 1980 na Argentina. Acredita-se que ele tenha habitado regiões que hoje pertencem a África, Índia, Península Antártica e Madagascar.