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Cientistas descobrem provável origem do asteroide que dizimou os dinossauros

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Publicado em 05/09/21 às 08:06

Há cerca de 66 milhões de anos, um objeto com 9,6 quilômetros de diâmetro atingiu o planeta Terra e desencadeou o famoso evento de extinção em massa que dizimou 75% de todas as formas de vida do planeta, incluindo os dinossauros não aviários. Agora, cientistas afirmam saber com quase 100% de certeza a provável origem desse rochedo espacial que deixou uma cratera de incríveis 150 quilômetros de diâmetro na Península do Iucatã, no México.

cratera-Chicxulub

De acordo com um novo estudo publicado na revista Icarus, a provável origem do asteroide que exterminou os dinossauros foi a faixa externa do cinturão de asteroides localizada entre Marte e Júpiter. Essa região é o lar de asteroides escuros, rochas espaciais cuja composição química os faz refletir pouca luz, tornando-os corpos mais escuros em comparação com os outros asteroides localizados no meio do cinturão.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram a cratera de Chicxulub no México e criaram um modelo computacional que simulou com que frequência os asteroides do cinturão entre Marte e Júpiter escapam em direção a Terra. Simulando centenas de milhões de anos, o modelo mostrou que forças térmicas e gravitacionais de planetas agem sobre os corpos externos do cinturão com mais frequência do que nos rochedos localizados no meio.

cinturao-asteroidesCinturão de asteroide entre Marte e Júpiter

Em média, um asteroide com 14 quilômetros de diâmetro que esteja localizado na faixa externa do cinturão é jogado para uma rota de colisão com a Terra uma vez a cada 250 milhões de anos. Esse número é cinco vezes maior do que se pensava antes da simulação e totalmente compatível com a cratera de Chicxulub, a única conhecida formada por um asteroide nos últimos 250 milhões de anos.

Ao todo os cientistas simularam 130.000 modelos utilizando o supercomputador Pleaides, da NASA. O foco foi a área externa do cinturão, a parte que está mais longe do sol, porém mais perto de Júpiter, planeta cuja gravidade age com mais frequência sobre esses corpos rochosos.

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